Centenas
de trabalhadores de limpeza urbana em greve se manifestaram neste
domingo em frente à prefeitura do Rio de Janeiro para reivindicar
melhorias salariais, deixando o centro da cidade cheio de lixo em pleno
carnaval.
Os lixeiros pedem para ser compensados pelo trabalho extra das
celebrações carnavalescas, das quais participam cerca de quatro milhões
de pessoas - incluindo 918.000 turistas - que deixam toneladas de lixo
nas ruas da "cidade maravilhosa".
A companhia municipal de limpeza (Comlurb) afirmou que a greve é ilegal.
O sindicato de lixeiros também não quis se associar a esta greve, que
acontece desde sábado, quando cerca de mil trabalhadores da limpeza se
manifestaram nos arredores do Sambódromo antes de ser dispersados com
gases lacrimogêneo pela polícia.
As ruas do Centro do Rio de Janeiro e do bairro boêmio da Lapa ainda
estavam cheias de lixo na tarde deste domingo, em meio ao cheiro de
urina e cerveja após a passagem do bloco de carnaval Bola Preta na
véspera, que atraiu 1,3 milhão de foliões.
Garis interrompem coleta e lixo se acumula nas ruas do Centro e fazem paralisação por 24 horas exigindo melhores salários e condições de trabalho
O Dia
Rio - Sem limpeza urbana, o Centro da Cidade
amanheceu com bastante sujeira nas ruas após a passagem do tradicional
Bloco do Bola Preta, no sábado de Carnaval. Montantes de lixo com sacos
plásticos, garrafas de vidros, entre outros materiais, ocupam as vias.
Centro do Rio amanheceu com lixo nas ruas devido a paralisação dos garis
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Mesmo sem paralisação oficial, muitas
ruas da cidade amanheceram — e anoiteceram — cobertas de lixo. Na Lapa,
os garis só apareceram por volta das 9h deste sábado. Também houve
problemas no Aterro e em pontos onde aconteceram eventos carnavalescos,
como o Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel. A Rua Soldado
Bernardino da Silva, em Vila Kosmos, Zona Norte do Rio, onde todo sábado
ocorre uma feira livre, ainda não teve o lixo recolhido na manhã deste
domingo.
Na tarde de ontem, cerca de 400 garis
da Comlurb fecharam a Avenida Presidente Vargas pedindo melhores
condições de trabalho, reajuste salarial, vale-refeição e pagamento de
horas extras. Ao tentarem protestar no Sambódromo houve confronto com
policiais do Batalhão de Choque da PM.
Através de uma nota, o Sindicato de
Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de
Janeiro declarou que a paralisão foi feita por um grupo de garis “sem
representatividade junto à categoria” e que não houve prejuízo ao
trabalho de coleta e disposição do lixo efetuado pela Comlurb no
primeiro dia oficial do carnaval carioca.
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