Postado por:Daniela Martins
O comentário no “Jornal da CBN” analisou a preocupação da
campanha petista com os palanques estaduais. Em São Paulo, Paulo Skaf
(PMDB) não quer dividir palanque com a presidente Dilma Rousseff. Ele
teme que a forte rejeição à Dilma no Estado o contamine. Com a
candidatura de Alexandre Padilha (PT) estacionada em 4% das intenções de
voto, os 16% de Skaf são importantes para Dilma no maior colégio
eleitoral do país. A rejeição à presidente chega a 47% em São Paulo,
segundo o Datafolha. Em Minas Gerais, o ex-ministro Fernando Pimentel
(PT) lidera. Mas a candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB) tende a
crescer devido à força do candidato tucano ao Palácio do Planalto, Aécio
Neves. No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro (PT) está um
pouco atrás da senadora Ana Amélia (PP) nas pesquisas. No Rio de
Janeiro, o PT também enfrenta dificuldade. Aécio conseguiu o apoio de
parte do PMDB; e Dilma não faz campanha ao lado do candidato do PT,
Lindberg Farias. Na Bahia, Rui Costa (PT) tem menos de 10% das intenções
de voto, enquanto o ex-governador Paulo Souto (DEM) está acima de 40%.
Sem uma reação nos maiores colégios eleitorais, Dilma terá dificuldade
para se reeleger. O Nordeste ainda é uma fortaleza de votos para o PT.
Mas uma derrota em São Paulo pode impedir a reeleição. O
PT se enfraqueceu muito no Estado. Pesquisas qualitativas mostram que a
candidatura de Padilha sofreu com as revelações da operação Lava-Jato,
com o caso do laboratório Labogen e da ligação do ex-petista e deputado
federal André Vargas com o doleiro Alberto Youssef. Pesou também contra o
petismo a acusação de que o deputado Luiz Moura teria se reunido com
integrantes do PCC. Mesmo negadas, as acusações funcionaram como um
carimbo ligando o PT à corrupção. Geraldo Alckmin conseguiu se manter
afastado das acusações que envolvem o PSDB, como o cartel no metrô
paulista e os contratos de energia do governo com a Alstom. Hoje,
Alckmin poderia se reeleger no primeiro turno. Mesmo enfrentando uma
crise de abastecimento de água, o governador conseguiu agradar a uma
fatia dos eleitores com seu estilo mais duro de governar. Ele enfrentou
com maior rigor as greves nos transportes, enquanto o prefeito petista
Fernando Haddad lidou mal com a greve dos ônibus que atormentou os
paulistanos.
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