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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cessar-fogo chega ao fim e Israel volta a atacar Gaza








07/08/2014 23h46 - Atualizado em 08/08/2014 01h47

Foguetes disparados de Gaza atingem Israel antes do fim da trégua

Segundo o Exército israelense não há registro de feridos.
Trégua de 72 horas termina às 2h desta sexta-feira, no horário de Brasília.

Foguetes lançados da Faixa de Gaza atingiram nesta sexta-feira (8), no horário local, o território israelense, cerca de quatro horas antes do fim da trégua de três dias entre Israel e o movimento palestino Hamas.
"Agora mesmo, dois foguetes disparados de Gaza atingiram o sul de Israel. Não há registro de feridos", informou o Exército hebreu no Twitter poucas horas antes das 5h GMT (2h de Brasília), hora estipulada para o fim da trégua.
"Os terroristas violaram o cessar-fogo", acrescentou o Exército. Mais tarde, o Hamas negou que tenha sido autor dos disparos.

O braço armado do Hamas pediu nesta quinta-feira (7) que os negociadores palestinos, que estão no Cairo para tentar chegar a um acordo sobre um cessar-fogo definitivo na Faixa de Gaza, não estendam a trégua que está em vigor na região se suas demandas não sejam atendidas.
O grupo disse que está pronto para se envolver em uma longa guerra caso o acordo de cessar-fogo não inclua seus pedidos, em particular, a abertura do porto de Gaza.
“Nós instamos a delegação palestina que está negociando [o cessar-fogo] a não renovar a trégua exceto após a aceitação em princípio [das demandas], em particular a abertura do porto, e se não houver aceitação, em seguida, pedimos à delegação para se retirar das conversas”, disse um combatente do grupo, com o rosto coberto por um lenço palestino, em um comunicado das brigadas Izzedine al-Qassam que foi transmitido pela rede de TV catariana Al Jazeera.

Negociações
Nesta quinta, os mediadores egípcios trabalhavam contra o relógio para conseguir estender a trégua na Faixa de Gaza entre Israel e palestinos. As negociações são feitas de maneira indireta, já que os dois lados se recusam a reunir-se face a face.
Israel tem demonstrado interesse em concordar com um prolongamento do cessar-fogo, e os mediadores egípcios buscam negociar uma trégua duradoura para a guerra que devastou o enclave controlado pelo Hamas, enquanto os palestinos colocam como condição a interrupção do bloqueio egípcio-israelense e a libertação de prisioneiro detidos por Israel.

Os mediadores buscam estabilizar e estender a atual trégua com um acordo dos dois lados, além de abrir negociações em direção a um acordo permanente de cessar-fogo.
Uma autoridade israelense disse na quarta-feira à noite que Israel "expressou sua disposição para estender a trégua sob os termos atuais" para além de sexta-feira de manhã, quando expira o cessar-fogo de três dias iniciado na terça-feira, respeitado até o momento.
Mas o líder do Hamas baseado no Cairo, Moussa Abu Marzouk, disse: "Se havia uma oportunidade de paz, foi perdida junto com os corpos de nossas crianças e os escombros de nossas casas".

US$ 1,44 bilhão
A guerra de um mês em Gaza teve custo de US$ 1,44 bilhão para a economia de Israel, disse o presidente do banco central israelense, Karnit Flug, nesta quinta.
"A avaliação é de que pode chegar a cerca de 0,5% do PIB, o que é até 5 bilhões de shekels", disse Flug à emissora israelense de TV Channel Ten.
Autoridades de Gaza dizem que a guerra matou pelo menos 1.874 palestinos, a maioria civis. Israel afirma que 64 de seus soldados e três civis foram mortos desde o início dos combates, em 8 de julho. As informações são da agencia de notícias Reuters.

ONU pede trégua
A ONU pediu nesta quinta a extensão da trégua entre Israel e o Hamas para que os palestinos de Gaza possam receber ajuda humanitária, informa a France Presse.
"O cessar-fogo de 72 horas entre Israel e as facções palestinas, que entrou em vigor no dia 5 de agosto, deve continuar", disse em um comunicado o coordenador de Operações Humanitárias da ONU na Faixa de Gaza, James Rawley.
"Devemos aumentar rapidamente a magnitude de nossa intervenção (humanitária) para atender às necessidades da população de Gaza, agora e a longo prazo. Mas, para isso, precisamos uma trégua duradoura", ressaltou.
Durante os últimos dois dias, equipes humanitárias distribuíram alimentos para 'centenas de milhares de pessoas', ressaltou Rawley.
Além disso, estão sendo realizadas obras para reparar a rede de água e esgoto, acrescentou.

 

Do G1, em São Paulo
Reprodução/Aljazeera
Fontes de segurança informaram que a Força Aérea israelense realizou seis ataques em todos os setores da Faixa de Gaza

08/08/2014
Da Redação
Após o fim da trégua de 72 horas, o exército israelense voltou a lançar bombas na Faixa de Gaza nesta sexta-feira (8). Segundo fontes ligadas ao setor da saúde, uma criança morreu e outros nove palestinos ficaram feridos.
Fontes de segurança informaram que a Força Aérea israelense realizou ainda mais seis ataques em todos os setores da Faixa, além de atacar o norte de Gaza a partir de navios de guerra e de sua artilharia.
As vítimas em Gaza desta manhã se somam às que a operação israelense Margem Protetora tinha causado até a entrada em vigor na terça-feira da trégua de 72 horas pedida pelo Egito para negociar com as partes um cessar-fogo permanente. No total, 1.888 palestinos morreram e cerca de 10.000 ficaram feridos desde o dia 8 de julho.

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