Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

CÂMARA FEDERAL

Recesso parlamentar é mantido e começa na quarta-feira, confirma Eduardo Cunha
Processo de impeachment estará encerrado até março, diz Cunha
A presidente Dilma Rousseff Dilma tem até fevereiro para apresentar defesa ao TSE

Recesso parlamentar é mantido e começa na quarta-feira, confirma Eduardo Cunha
Recesso parlamentar é mantido e começa na quarta-feira
  • O líder do governo aposta que 2016 será um ano de retomada do crescimento

  • ‘Não tem como 2016 ser pior’, diz líder do governo na Câmara
    Ainda a respeito do julgamento do STF sobre o rito de impeachment, Jacques Wagner avaliou como positiva para o governo a decisão de manter aberto o voto que aprovará a comissão da Câmara.

    — O voto secreto todo mundo diz que é um convite à traição. Pode-se trair de um lado ou de outro, mas eu acho que o voto aberto, com o governo rearrumando o caminho, pessoalmente acho que nós seguramente teremos o mínimo necessário para o impeachment não passar pela Câmara.

    O ministro afirmou que a mudança na equipe econômica foi boa para o país e para o governo. Na sua avaliação, a economia é movida por “previsibilidade e confiança”:

    — Tendo uma nuvem cinzenta de instabilidade “vai ficar ou vai sair? (com relação ao ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy)” é um fator desagregador. Como um agente estrangeiro vai vir investir se não sabe que quem está no comando da política econômica ou se ele vai se manter? Acho que é danoso (o que estava ocorrendo).

    Wagner pediu um voto de confiança da sociedade, do mercado e das empresas ao novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Disse que a nova equipe econômica é “mais harmônica” e que Barbosa não fará “nenhuma loucura”.

    — Se eu eu pudesse pedir algo, é que não sentenciassem antes que o cara trabalhasse. No Brasil, temos que ter uma certa psicologia. Ninguém (no governo) é suicida. Tem que ter um pouco de aposta, de ajuda, de querer que dê certo. Nelson não vai fazer nenhuma loucura, é um cara equilibrado — disse Wagner.

    O ministro da Casa Civil admitiu que o governo cometeu erros na área econômica, citando, entre eles, a reoneração dos 56 setores que haviam tido redução de impostos, e as mudanças frequentes da meta fiscal do governo.

    — Lógico que tem erros. Teve medidas tomadas onde a posologia foi errada, as desonerações, nosso fiscal, não há uma culpa só. Fizemos apostas que não deram certo. Poderíamos ter desonerado três ou quatro setores, mas desoneramos mais de 50 — exemplificou.

    Segundo o ministro, a presidente Dilma quer encaminhar ao Congresso, logo no começo de 2016, a Reforma da Previdência , mas, antes, quer apresentar quatro cenários e discutir com todos os partidos e centrais sindicais qual o melhor modelo para o país. Segundo ele, ainda não há uma proposta fechada quanto à adoção da idade mínima para a aposentadoria, mas que é um ponto debatido internamente.

    — A cronologia que a presidente quer fazer, nós trabalhamos muito internamente. Então nós temos três, quatro cenários de objetivos a atingir de regras de transição. O que eu entendo que é a cronologia que a presidente vai querer fazer é trabalhar nessas três quatro hipóteses, convidar os partidos da base, as bancadas, e começar a discutir. Isso não é um tema só dela. É um tema caro para os governadores.

    Além da reforma, Dilma anunciará um conjunto de medidas “em três ou quatro eixos”. Wagner citou os acordos de leniência; simplificação do sistema tributário; desburocratização das relações de trabalho, como a livre negociação entre as empresas e sindicatos; e financiamentos de longo prazo.

    Wagner evitou críticas ao vice-presidente Michel Temer e à ala pró-impeachment do PMDB. Relativizou as questões internas do partido do vice, dizendo que todas as legendas, entre elas, o PT, têm divisões.

    — Plantou-se muita intriga. Prefiro ficar com as partes melhores do que vi deste filme. Ele é vice, ela é presidente, os dois têm maturidade suficiente. Brigas são comuns. Ele continua vice, ela presidenta e vão se esclarecendo as coisas — disse.

    Quanto à relação do governo com a Câmara e com o Senado, Wagner afirmou que, historicamente, a relação com os senadores é “mais tranquila”, mas que acredita que está ocorrendo uma recomposição com os partidos aliados na Câmara. Ele evitou críticas diretas ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), limitando-se a dizer que seu destino ao governo não pertence.

    — O destino do presidente da Câmara não me pertence, pertence ao Conselho de Ética e ao STF, mas eu acho que os partidos começam a ter postura que querem outro tipo de caminho, não querem ficar na beligerância contínua — disse.

    Sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro afirmou que sua quebra de sigilos bancário e fiscal não interfere na relação com o Planalto e com a presidente Dilma.

    — Ela tem uma relação com Renan, olhando a fotografia hoje, é muito boa. Mas as relações são instáveis, ele é presidente de um poder que tem autonomia — afirmou.

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    365 DIAS