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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Facebook flexibiliza censura de fotos e vídeos

Remoção de imagem histórica e de vídeo sobre câncer de mama geraram críticas

POR O GLOBO atualizado 24/10/2016 10:27
O Facebook anunciou, em nota, a flexibilização na restrição a imagens e vídeos na plataforma - Chris Ratcliffe / Bloomberg

RIO - Um dia depois de retirar do ar um vídeo de uma campanha pela conscientização sobre o câncer de mama da Sociedade Sueca do Câncer, o Facebook anunciou em nota, na última sexta-feira, que vai permitir a permanência na rede de conteúdos considerados “relevantes, significativos ou importantes para o interesse público” mesmo que estes violem as próprias regras de conduta da plataforma.

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A nota não detalha como isso será feito, mas afirma: “Vamos trabalhar com a nossa comunidade e parceiros para explorar exatamente como vamos fazer isso, tanto através de novas ferramentas quantos formas de restrições. Nossa intenção é permitir mais imagens e histórias sem apresentar riscos de segurança nem mostrar imagens fortes para menores de idade ou outras pessoas que não queiram vê-las”.

Na última quinta-feira, um vídeo da organização sueca, que mostrava desenhos de seios com círculos simples, foi retirado do ar. A sociedade afirmou que o Facebook já pediu desculpas pelo episódio, ao qual a página reagiu de forma irônica com um desenho de dois quadrados: "Hey Facebook, não foi a intenção de ofender com a nossa mama redonda. Agora chegamos a uma solução que venha a fazê-lo feliz: Dois quadrados cor de rosa!".

Em setembro, o maior jornal da Noruega, o “Aftenposten”, publicou uma carta aberta ao diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, em que critica a retirada dor ar da foto histórica de uma menina nua e outras crianças correndo de um ataque de napalm na guerra do Vietnã. A plataforma posteriormente republicou a postagem.

No comunicado publicado na sexta-feira, o Facebook justifica que é “complexo” conciliar padrões globais. “Imagens de nudez ou violência bem aceitas em uma parte do mundo podem ser ofensivas — ou até ilegais — em outra. Respeitar normas locais e práticas globais frequentemente se transforma em um conflito”, argumentam os diretores Joel Kaplan e Justin Osofsky, que assinam a nota.

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