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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Pneumonia causa mais de 3 mil internações por mês no Ceará; veja sintomas e prevenção De gripe “mal curada” a poluição, fatores de risco exigem cuidados diários com a imunidade

 Idosos concentram as mortes por pneumonia no Ceará
Tosse “cheia”, febre, dor no peito, mal estar. Os sintomas, apesar de genéricos, podem indicar uma doença que leva, por mês, mais de 3 mil pessoas a leitos de internação no Ceará: a pneumonia.

Causada por vírus (como coronavírus e influenza, por exemplo), bactérias ou fungos, a infecção afeta o sistema respiratório de forma severa, podendo levar não só à hospitalização, mas à morte – principalmente de idosos

397 pessoas, em média, morrem por pneumonia todo mês no Ceará, de acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de janeiro a agosto deste ano.

O médico pneumologista Ricardo Coelho Reis, presidente da Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia, alerta que a doença “não é um evento comum” e que, quando acontece, “precisamos procurar algum fator de risco associado”.

“Os fatores principais são os extremos de idade: o sistema imunológico de crianças ainda é imaturo, e o dos idosos, debilitado. ‘Gripes mal curadas’, tratamento de alguma doença e comorbidades também diminuem a defesa e podem se somar como fatores de risco”, destaca o médico.

Outras possíveis causas da pneumonia são o tabagismo, “que debilita o sistema imunológico”, e a poluição ambiental – fator que, segundo Ricardo, é um dos fundamentais para aumento dos casos de doenças respiratórias.

“A fumaça e a poeira também estão associadas à mortalidade: no mundo, morrem 6 milhões de pessoas por ano por poluição ambiental, ligada a 5 doenças principais, entre elas a pneumonia”, frisa o médico.

“As queimadas, a cultura de trazer pássaros selvagens como pombos pro ambiente urbano, a exposição maciça a fumaça, poeira, queima de combustíveis. São agressores invisíveis, os agentes mais perigosos”, alerta Ricardo

O pneumologista pontua, ainda, que “a poeira extradomiciliar é a mesma domiciliar”, devido à cultura de deixar portas e janelas abertas para circulação de vento. “Assim, nossos organismos são constantemente agredidos – até dentro de casa”, lamenta.
COMO PREVENIR A PNEUMONIA?

“Em termos de prevenção, não existe uma atitude global 100% eficaz”, introduz Ricardo Reis. “Mas se a pessoa já tem uma doença prévia, não só do pulmão, tem que estar atenta à vacinação. Precisa se vacinar: hoje temos uma vacina eficaz contra o pneumococo, gripe e Covid”, frisa o médico.

A vacinação é uma das principais e “mais potentes” medidas preventivas contra a pneumonia, já que evitam o agravamento de infecções que podem debilitar as defesas do organismo.

Há ainda outros cuidados que são importantes para evitar a doença:Controle de doenças preexistentes, como hipertensão e diabetes;
Boa hidratação;
Sono de qualidade;
Evitar o tabagismo;
Manter um ambiente saudável.
SINTOMAS DA PNEUMONIA

O médico Ricardo Reis aponta a tosse produtiva com catarro purulento, a febre e a dor no peito como sinais de alerta, principalmente se associados a uma “queda no estado geral, prostração e diminuição de apetite”.

Apesar disso, ele é categórico: nenhum paciente deve se autodiagnosticar ou se automedicar.

Outros sintomas possíveis da pneumonia são:febre alta;
tosse;
dor no tórax;
alterações da pressão arterial;
confusão mental;
mal-estar generalizado;
falta de ar;
secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada;
toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue);
prostração (fraqueza).
TRATAMENTO PARA PNEUMONIA

O Ministério da Saúde informa que “o tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em 3 ou 4 dias”. Mas é indispensável buscar atendimento médico, já que a automedicação põe a saúde em grande risco.

A internação hospitalar pode ser necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou outras alterações importantes.

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