As
últimas pesquisas mostraram um dado interessantíssimo: em boa parte dos
Estados, na disputa pela maioria dos cargos, o eleitorado manifesta o
mesmo voto, Nenhum Deles. Nenhum Deles acumula 34% das preferências pelo Senado em São Paulo; é seguido por Serra, PSDB, com 34%, e Suplicy, PT, 23%.
No Rio, Nenhum Deles lidera para o Governo, com 33%. É seguido
por Garotinho, PR, com 21%; Crivella, PRB, 16%; Pezão, PMDB, 15%. E, com
42%, levaria o Senado, seguido por Romário, PSB, 24%, e César Maia,
DEM, 17%.
Nenhum Deles ganha o Governo de Minas, com 44%; Pimentel, do PT
de Lula e Dilma, tem 25%; Pimenta da Veiga, do PSDB de Aécio, 21%. O
ex-governador Anastasia, PSDB, tem 38% para o Senado. Nenhum Deles tem
46%.
Os candidatos, os mais competitivos de que os partidos dispõem, não são
aqueles com quem os eleitores sonham. Serra já foi candidato ao
Planalto, Garotinho também; Romário foi campeão do mundo; o PSDB mineiro
aponta seu líder, Aécio, para a Presidência; nem assim empolgam o
cidadão. Mesmo para o Governo de São Paulo, onde Alckmin lidera com 50%, indicando vitória no primeiro turno, Nenhum Deles está
bem na fita: tem 29%, contra 21% de todos os outros candidatos somados -
e isso inclui o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com Duda Mendonça e
tudo, e Padilha, do PT, com Lula, Andrés Sanchez, o popular
ex-presidente do Corinthians, e a poderosa máquina da Prefeitura
paulistana.
É hora de renovar. E renovar não é trocar um líder antigo por um poste novo.
Carlos Brickmann
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