Pesquisar este blog

sábado, 15 de fevereiro de 2014

É CHUVA - Previsão para o dia 15/02/2014


Elaborada às 09:01:37 do dia 15/02/2014.
Atualizada diariamente.
Legendas
Abrir
Previsão
Predomínio de céu claro
Parcialmente nublado
Nublado
Nebulosidade variável com possibilidade de chuvas
Nebulosidade variável com chuvas
Nublado com chuvas




             Previsão para o dia 15/02/2014
Devido um ramo da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um pouco mais próximo do Ceará e da atuação do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) sobre o oceano poderão ocorrer chuvas isoladas no litoral norte, na Ibiapaba e no sul do Estado, principalmente entre a tarde e a noite. Nas demais regiões há possibilidade de chuvas isoladas.​
Previsão para o dia 16/02/2014
A influência do VCAN e de um ramo da ZCIT poderão ocasionar chuvas isoladas no litoral norte e na região de Ibiapaba, principalmente no período da tarde à noite. Nas demais regiões cearenses, há possibilidade de chuvas isoladas.
Previsão para o dia 17/02/2014
Predomínio de céu parcialmente nublado com possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões do Estado devido ao posicionamento do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) que deverá persistir sobre o oceano.
Análise - 15/02/2014
Na imagem do satélite METEOSAT-10, canal visível, às 7h45min local, nota-se sobre o estado do Ceará nebulosidade devido à atuação do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis - VCAN (sistema de baixa pressão atmosférica e circulação horária a aproximadamente 12km de altura) e à proximidade de um ramo da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), padrão observado nos últimos dias.
     
Neste sabado aconteceu chuvas em Sobral.

Loja de maça em Sobral

uma loja da franquia Apple Story. De preferência, o ponto deverá estar localizado nas proximidades do Mercado Central de Sobral.


 A franquia é uma das maiores distribuidoras de maçãs do mundo e tem filiais em todos os continentes..A marca é conhecida por vender grande variedade de maçãs de alta qualidade, porém, a preços não muito módicos.
  A loja de Sobral será a segunda do Brasil. A primeira será inaugurada amanhã no Rio de Janeiro. 
(Do Blog Sarto Bega - O Catafau) 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia 5 de julho de 1773 = 241 anos de emancipação política.


O Prefeito de Sobral, disse estar confiante na entrega das primeiras 2.084 unidades habitacionais, de um total de 3.364, que a Prefeitura de Sobral constrói em parceria com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa Minha Vida, e o Governo do Estado, no próximo dia 5 de julho, dia em que o município irá comemorar 241 anos de emancipação política.


Segundo o Prefeito, o projeto é um marco para Sobral. São 3.364 apartamentos de ótima qualidade para moradores de baixa renda, que contará ainda com centros de educação infantil, escolas em tempo integral, centros de saúde da família e área comercial. Bom lembrar que a área é atendida pela linha do metrô e pela Escola Profissionalizante Lysia Pimentel , já construída pelo Governador Cid Gomes.

ESQUECENDO A ESTIAGEM PREFEITOS ANUNCIAM CARNAVAIS

OS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ ESTÃO PASSANDO POR UM GRANDE PERÍODO DE ESTIAGEM, DEVIDO A FALTA DE CHUVAS NO PERÍODO INVERNOSO. AGORA POR LADO, SE HOUVE FALAR QUE AS PREFEITURAS JÁ ESTÃO SE ORGANIZANDO E CONTRATANDO ATÉ MESMO BANDAS CARAS, COM O DINHEIRO QUE PODERIA SACIAR A FOME DA POBREZA.  INTERESSANTE DIZER QUE EM ALGUNS MUNICIPIOS JÁ COMEÇOU A CHOVER

METRÔ DE SOBRAL

O METRÔ DE SOBRAL

O Ceará registrou 409 mortes referentes a crimes

a assassinato
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou nesta quinta-feira, 13, o relatório de ocorrências do mês de janeiro de 2014. O Ceará registrou 409 mortes referentes a crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte).
O número de pessoas mortas por ações criminosas, em janeiro deste ano, aumentou em comparação ao mesmo mês, em 2013. No ano passado, a Polícia registrou 366 mortes.
Em 2013, os meses com mais mortes foram março (447), setembro (450) e outubro (437).

Apreensão de drogas e armas
No mês de janeiro, deste ano, a Polícia apreendeu 24,99 kg de entorpecentes. No mesmo período, em 2013, o número foi inferior com 7,56 kg de drogas apreendidas.
A Polícia apreendeu 506 armas no primeiro mês de 2014, enquanto em janeiro de 2013 o número foi de 549.
Queda no número de crimes violentos contra o patrimônio e furtos
A maior queda de ocorrências foi referente aos crimes violentos contra o patrimônio. Foram registrados 2.789 em janeiro de 2014, enquanto no mesmo mês, em 2013, o número foi de 5.005.
Houve queda também no número de furtos no Estado. Em janeiro de 2014, 4.911 furtos foram registrados pela Polícia. Em comparação com o mesmo período, em 2013, o número foi de 5.393.

Fonte: O POVO.

Á MEIA-NOITE DE SABADO TERMINA HORÁRIO DE VERÃO



O horário brasileiro de verão termina à meia-noite de sábado para domingo, conforme o estabelecido pelo Decreto nº 6.558, de 8 de setembro de 2008. Nessa data, os relógios dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e do Distrito Federal deverão ser atrasados em uma hora. A determinação vale para todos os aeroportos administrados pela Infraero nesses estados.
Em caso de dúvidas sobre o horário dos voos, a Infraero recomenda que passageiros e usuários procurem informações junto às companhias aéreas, balcões de informações nos terminais ou ainda com os empregados da empresa vestidos com coletes amarelos “Posso Ajudar?”.

(Via Eliomar de Lima)

SE A COISA PEGA... A DESORDEM TOMARÁ CONTA DO PAÍS

A BOA DOIDO

Caio Silva, admite ser “manifestante profissional”, que ganhou R$150 para ir ás ruas protestar.

Preso pela morte do Cinegrafista da TV Bandeirantes, Caio Silva de Sousa, admite ser “manifestante profissional”, que recebeu dinheiro para ir ás ruas protestar. Resta saber quem paga os “ativistas profissionais” e qual os objetivos a serem alcançados.

Ao ser preso, Caio estava assustado, acuado e com fome. Caio admitiu que aliciadores financiam a participação de manifestantes em protestos. Mesmo tendo recebido os tais R$ 150,00 para ir para as ruas, Caio também afirmou em entrevista exclusiva para a Rede Globo – entrevista que nem a própria Bandeirantes conseguiu: “Só quero ver meu país melhor, eu quero saúde, educação.”

Caio esqueceu que a luta por saúde, educação, moradia, enfim, por uma vida melhor, passa por mudanças de mentalidade política, a partir da escolha daqueles que queremos para nos representar. Não sabe Ele, que seus atos de violência, além de não resolver o que “supostamente diz reivindicar, cria na sociedade uma instabilidade social e aguça ainda mais a violência urbana, já tão presente no nosso dia-a-dia.  Esse papo de “querer o meu país melhor, por apenas R$ 150,00, é “conversa prá boi dormir”.

O Programa Mais Médico está sendo alvo de Ações na Justiça contra o Governo brasileiro


A BOA CUBANA

BRASIL – Médica Cubana tem advogado pago por partido de oposição cobra 149 mil de indenização do Governo do Brasil. O Programa Mais Médico está sendo alvo de Ações na Justiça contra o Governo brasileiro, com o apoio de Partidos ligados a oposição à Presidente Dilma, no caso o DEM, que é parceiro do PSDB. Veja o caso relatado pelo site Terra.


A médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos por distinção salarial entre cubanos e cidadãos das demais nacionalidades, acionou a Justiça trabalhista contra a União, a prefeitura de Pacajá (PA), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos. No total, a indenização cobrada pela médica chega a R$ 149 mil.
Por meio de liminar, é pedido que o valor da causa seja bloqueado nas contas da União e não repassado ao governo de Cuba. Ramona pede R$ 69 mil em salários e direitos trabalhistas não pagos. O restante, R$ 80 mil, é solicitado por danos morais.
A controvérsia em relação à contratação de cubanos pelo programa Mais Médicos gira em torno da remuneração dos profissionais. O governo desembolsa R$ 10 mil por cada médico (mesmo valor da bolsa aos demais médicos), mas parte dos recursos ficam com a Opas e outra com o governo de Cuba, sócios no convênio para contratação dos profissionais. Os médicos, no Brasil, recebem apenas US$ 400. Outros R$ 600 são depositados em uma conta do profissional, e só podem ser movimentados no retorno ao país.
PARTIDO POLÍTICO DE OPOSIÇÃO PAGA ADVOGADO PARA A CUBANA. 
O advogado contratado pelo Partido Democratas (DEM) para representar a médica, João Brasil, contestou o que considera  condições precárias de trabalho, cerceamento a sua liberdade e tratamento discriminatório desde sua chegada ao País. “Brasil, signatário de tratados de Direitos Humanos, não pode concordar com a situação pela qual passam os médicos cubanos em solo nacional”, relatou a ação.

Fonte: Terra.com.br

STDE abre inscrições para seleção de multiplicadores do Programa Trabalho Pleno.

 STDE abre inscrições para seleção de multiplicadores do Programa Trabalho Pleno.

A BOA STDE
A Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, abre processo de seleção para o cargo de multiplicador(a) do Programa Trabalho Pleno, para os cursos a serem realizados nos bairros e distritos do Município. Os interessados deverão preencher os seguintes requisitos: experiência comprovada na área, e disponibilidade para trabalhar na sede e distritos.
Áreas de atuação
- Artesanato
- Culinária
- Gestão
- Confecção
- Estética e beleza
O candidato deverá entregar o currículo atualizado com foto na Secretaria da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, na Rua Visconde de Sabóia, 300 – Junco (Prédio do Centro de Convenções), no período de 14 à 20 de fevereiro, das 08h às 12h e de 14h às 18h. Maiores informações: (88) 3611-5833.

Fonte: STDE.

PÓS GRADUAÇÃO EM MÚSICA

 inscrições para pós-graduação em arte-educação na área da música


A Fundação Darcy Ribeiro, em parceria com a Prefeitura de Sobral, por meio da ECOA, abre inscrições para o Curso de Pós-Graduação em Arte Educação no Ensino de Música para profissionais de nível superior, com formação específica em áreas afins, ou demais áreas do conhecimento. A oportunidade é dada também aos graduandos do 7º semestre.
O objetivo é possibilitar aos professores da arte-educação, a ampliação dos campos de conhecimentos artísticos, em especial na música, disciplina hoje obrigatória no ensino de educação básica no País. A expectativa é suprir carências dessa área.
Entre as disciplinas ministradas, estão: Fundamentos Filosóficos e Estéticos da Arte; História da Música; Teoria da Música; Técnica Vocal e Prática Coral; Harmonia; Regência; e Métodos e Técnicas de Pesquisa Científica em Música.

A Escola de Música realizará uma reunião de informação com workshop no dia 15 de março, às 8h. Para maiores informações: (88) 8848. 1107. Se preferir, acesse o Edital clicando AQUI ou nos números: (85) 3048.6196/ (85) 9658. 1196

Alerta Laranja

Ambiente

Alerta Laranja

O novo relatório do IPCC, que começou a ser divulgado em setembro, reforça a mensagem dos anteriores sobre as graves consequências da mudança climática na Terra.

Por Eduardo Araia
É hora dos governos agirem, com a máxima urgência, para evitar o pior.
5º Relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas Globais, cuja primeira parte foi revelada em 27 de setembro, em Estocolmo (Suécia), previsivelmente não traz boas notícias. Usando simulações mais abrangentes do que as empregadas no 4º Relatório (divulgado em 2007), os 520 cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) responsáveis pelo estudo analisaram quatro cenários possíveis. Todos apresentam elevações marcante na temperatura do planeta.
Na melhor hipótese, a temperatura global subiria entre 0,3°C e 1,7°C de 2010 a 2100, com o nível do mar se elevando entre 26 e 55 centímetros ao longo do período. Mas isso só aconteceria se as concentrações de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera se estabilizassem e começassem a ser removidas. Caso o ritmo de emissões de GEE siga como hoje, sem correção, aparecerá o pior quadro: um aumento na temperatura média entre 2,6°C e 4,8°C até 2100 e subida de 45 cm a 82 cm no nível dos oceanos, com catastróficas consequências para cidades costeiras como Rio de Janeiro e Nova York.
No Brasil, como o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas já havi ia adiantado, o pior cenário crava uma temperatura média até 2100 entre 3°C e 6°C maior do que a registrada no fim do século 20. Isso deverá reduzir em até 40% a incidência de chuvas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, enquanto as regiões Sul e Sudeste terão índices pluviométricos maiores. Em 2014, duas outras partes do relatório serão divulgadas: em março, os impactos dos cenários estudados, e em abril, e as ações necessárias para amenizar as emissões de GEE e fugir das piores previsões. O que já foi mostrado, porém, já bastou para sacudir os mundos acadêmico, político e econômico.
“A humanidade nunca enfrentou um problema cuja relevância chegasse perto das mudanças climáticas. Elas vão afetar absolutamente todos os seres vivos do planeta”, diz Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e um dos seis brasileiros que ajudaram a elaborar o relatório. “Não temos um sistema de governança global para implementar medidas de redução de emissões e verificação. Por isso, vai demorar ainda pelo menos algumas décadas para que o problema comece a ser resolvido.”
Entretanto, o economista britânico Nicholas Stern, autor do Relatório Stern, que aborda as implicações fi nanceiras do aquecimento global, está otimista. “Muitos países, incluindo os maiores emissores, estão ampliando as ações contra a mudança climática sem esperar por um acordo internacional”, avalia. “Eles não só reconhecem os enormes riscos criados pela mudança climática não administrada, como também veem as enormes oportunidades econômicas apresentadas pela transição para um desenvolvimento baixo em carbono.” Essas ações, diz Stern, deverão “reforçar o movimento rumo a um acordo internacional”.

...e a água levou...


A solução para as "catástrofes" naturais que assolam os verões brasileiros está no cumprimento das leis e no planejamento urbano.

Cena desoladora na BR-356, em Campos (RJ), depois da cheia do Rio Muriaé, em janeiro passado.

Nem El Niño, nem La Niña, nem Zona de Convergência do Atlântico Sul. Os principais agentes causadores de “catástrofes” naturais, como as chuvas e inundações que castigam as cidades brasileiras no verão, não são forças incontroláveis da natureza, mas sim populações e governos. Com um planejamento urbano adequado e minimamente respeitado, os maiores volumes de chuvas não causariam as enchentes, os deslizamentos e os prejuízos que se repetem ano a ano. O drama tem solução.
O Censo 2010 registra 11,4 milhões de brasileiros – 6% da população, o equivalente à população da Grécia – vivendo em “aglomerados subnormais”, termo usado para definir áreas ocupadas irregularmente com carência de serviços públicos e de urbanização, como favelas, palafitas, grotas e vilas. “Não é só a mudança climática que provoca enchentes e deslizamentos de terra. O problema tem mais a ver com a falta de planejamento territorial dos governos municipal e estadual, com a ocupação irregular de terras e com a especulação imobiliária legal e ilegal”, comenta Manuel Manrique, funcionário da ONU-Habitat, presente desde 1996 no Rio de Janeiro com escritório regional para a América Latina e o Caribe.
Por causa das leis e do planejamento não cumpridos, apesar de livre da ameaça das maiores forças da natureza, como terremotos, vulcões e furacões, o “país abençoado por Deus” está em terceiro lugar no ranking mundial de catástrofes letais em 2011, devido à morte de mais de 900 pessoas neste ano. Só perdeu para o Japão, que sofreu um terremoto seguido de tsunami, e para as Filipinas, atingidas pela tempestade tropical Wash.
Por sorte, em 2012 espera-se que o país saia das primeiras posições da lista amarga. A época de chuvas está chegando ao fim e, apesar de deixar 8 mil desabrigados e 25 mil desalojados, principalmente em Minas Gerais, causou menos mortes: 29 vítimas fatais – pelo menos até o fechamento desta edição da PLANETA. Choveu menos no verão de 2012, felizmente. Mas, se tivesse chovido mais, os impactos seriam elevadíssimos, dada a falta de ações preventivas.

Mapas climáticos sendo atualizados no Inpe, em Cachoeira Paulista (SP). À direita, os desabamentos em Nova Friburgo (RJ), em janeiro de 2011, que mataram centenas de pessoas. Sem prevenção, não adianta previsão.

De 2000 a 2010, só com inundações, o Brasil sofreu uma perda média de 120 vidas e de US$ 250 milhões por ano, calcula a seguradora Swiss Re. A empresa afirma que os prejuízos de 2011 foram de US$ 950 milhões, acima da média. Segundo as projeções, até 2030 essa conta deve alcançar US$ 4 bilhões. Para reduzir impactos, a Swiss Re sugere a aplicação de um planejamento urbano adequado, definição de códigos para a construção civil e drenagem e estabilização de encostas, além da transferência de risco em forma de seguros.
Basta cumprir as leis e o cenário já melhora. A seguradora calcula que, hoje 33,3 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco, número que deve chegar a 42,5 milhões em 2030, levando em conta a taxa anual média de crescimento populacional de menos de 1%.
“No Brasil vive-se a cultura do desastre, na qual se corre atrás do prejuízo. Uma vez acabada a catástrofe, a preocupação das pessoas desaparece. Não há cultura da prevenção, só de previsão”, diz Tania Maria Sausen, geógrafa e coordenadora do programa Geodesastre-Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se previsão do tempo bastasse para resolver os problemas, o Brasil já teria a situação sob controle. Os sistemas de tecnologia evoluíram nos últimos 40 anos. O satélite que passava sobre o país a cada quatro dias foi substituído por 60 satélites que passam diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia.
“No Brasil vive-se a cultura do desastre, na qual se corre atrás do prejuízo. Uma vez acabada a catástrofe, a preocupação das pessoas desaparece. Não há cultura da prevenção, só de previsão”, diz Tania Maria Sausen, geógrafa e coordenadora do programa Geodesastre-Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se previsão do tempo bastasse para resolver os problemas, o Brasil já teria a situação sob controle. Os sistemas de tecnologia evoluíram nos últimos 40 anos. O satélite que passava sobre o país a cada quatro dias foi substituído por 60 satélites que passam diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia.

“As informações geradas, combinadas com redes de plataformas e supercomputadores, permitem estudar a circulação de ventos e massas em toda a América Latina, garantindo cinco dias de previsão com até 95% de probabilidade de acerto”, afirma Tania Maria. O Brasil dispõe de capacidade tecnológica e profissionais capacitados, mas falta vontade política de enfrentar o custo de fazer cumprir a lei. “Passamos dados e relatórios à administração das cidades e Estados, mas os governos não agem”, protesta. As prefeituras encaram os sistemas de monitoramento meteorológico como salvação para áreas de risco, quando eles deveriam ser vistos como o último artifício contra as tragédias.
Atenção da ONU
Uma possível mudança nesse cenário pode acontecer com a abertura do Centro de Excelência da Estratégia Internacional para Redução de Desastres das Nações Unidas (UNISDR, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro, ainda em 2012. “A falta de estatísticas brasileiras é um grande problema para modelar e calcular riscos”, avalia Fabio Corrias, diretor da Swiss Re para o Brasil e Cone Sul. Nesse sentido, a UNISDR vai apoiar a implementação dos objetivos definidos pelo Protocolo de Hyogo – documento assinado em 2005, na província de Hyogo, Japão, por 168 países, que estabelece uma abordagem coordenada global para a redução de riscos de desastres.
Ricardo Mena, chefe da UNISDR para a América Latina e o Caribe, ressalta que o Centro vai apoiar o desenvolvimento de políticas públicas e processos de consulta para elevar o nível de conscientização da sociedade e dos agentes governamentais sobre a gestão de risco. “As medidas públicas para mitigação de riscos e desastres competem sobretudo aos prefeitos”, afirma. Entretanto, a administração municipal costuma estar pouco preparada e assessorada para defini-las. “O tema da segurança no Brasil também tem a ver com essa questão. A população precisa de lugares seguros para morar, com critérios básicos definidos e seguidos, onde se viva sem medo de que um dia a água leve tudo”, complementa Manrique, da ONU-Habitat.
Outra preocupação pertinente são as prováveis mudanças no Código Florestal Brasileiro, em discussão na Câmara dos Deputados, que diminuem a autoridade federal, repassando às prefeituras o papel de definir parâmetros ambientais para ocupação urbana e planos diretores. “O novo Código Florestal deveria estabelecer números nacionais mínimos para ocupação de encostas, de topos de montanhas e preservação de matas ciliares de rios para nortear as prefeituras”, afirma Carlos Nobre, secretário do Ministério da Ciência e Tecnologia. “Deixar a cargo dos municípios esse tipo de definição significa associar a gestão de riscos à maior ou menor capacidade das prefeituras.”
Em novembro de 2008, 70% da cidade de Itajaí (SC) ficou debaixo d’água.

Politicagem
Com frequência, a politicagem desvia os recursos de ações de prevenção de risco. Foi o que se viu com os prefeitos de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro, afastados dos seus cargos, no fim do ano, por denúncias de uso irregular dos milhões de reais que deveriam ter sido aplicados para reconstrução das cidades afetadas por inundações e deslizamentos em 2011.
Tania Maria Sausen também argumenta que a população, por sua vez, não pode transferir toda a responsabilidade para os governos. “Ouço na tevê os afetados pelas tragédias repetirem: ‘Nunca pensei que isso podia acontecer comigo’. Ora, eles estão instalados em área de risco, de forma ilegal, e outros continuam desmatando e jogando lixo nas ruas e entupindo bueiros.” Segundo a geóloga, é preciso que as pessoas entendam que o combate às tragédias naturais deve ser combinado entre a sociedade civil e o poder público.
Os moradores do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, já entenderam e aprenderam a usar a internet como salva-vidas. Diante das intensas chuvas de 2008, um grupo de amigos contatou conhecidos, profissionais liberais e caminhoneiros do porto de Itajaí para evitar o pior. “Começamos ajudando a salvar o que podíamos, mas logo muitos tiveram de socorrer as próprias famílias”, lembra Raciel Gonçalves Jr., que criou na ocasião a rede social Arca de Noé (www.arcadenoe.ning.com) para divulgar ações e recrutar colaboradores nos dias seguintes à inundação que pôs 70% da cidade sob a água.
Depois disso, a rede foi expandida para o Facebook e o Twitter e, hoje, possui 2 mil membros de distintas classes sociais, que alimentam a comunidade com informações e procuram se proteger por meio dela. “Continuamos cuidando da rede, porque vivemos com medo. Desde 1984 não aconteciam tragédias como a de 2008. Em 2011, tivemos outro episódio parecido, mas já pudemos reagir com uma ação mais coordenada.” As soluções não costumam cair do céu. Enquanto os eventos climáticos forem apontados como únicos culpados pelas inundações e deslizamentos a que o Brasil assiste entorpecido, as tragédias só tendem a aumentar.

O ANTÍTODO PODE ESTAR NUM CORAL

Ciência

Inimigo íntimo

Um surto global de bactérias resistentes a medicamentos ameaça os hospitais. Cada vez mais espécies tornam-se imunes aos antibióticos. Mas o antídoto pode estar num coral.

Por Camilo Gomide
Um surto global de bactérias resistentes a medicamentos ameaça os hospitais. Enquanto o desenvolvimento de novas drogas diminui, mais espécies tornam-se imunes aos antibióticos. No Brasil, a superbactéria KPC matou 106 pessoas em 2010 e 2011. Mas o antídoto pode estar num coral.

No início do ano, a médica-chefe do governo da Inglaterra, Sally Davies, fez um alerta sobre a ameaça que as bactérias resistentes a antibióticos representam, comparando-a ao terrorismo. Pode parecer exagero, mas a realidade é que há uma guerra em curso contra esses micro-organismos. E estamos em desvantagem. Um levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2013, 170 mil pessoas morreram vítimas de uma variação mais forte da tuberculose. Comparado ao número de mortes causadas por ataques terroristas em 2012 – cerca de 11 mil, segundo um relatório dos EUA –, tem-se a dimensão da gravidade do problema.
Se considerarmos as mortes associadas a outras bactérias multiresistentes, a tendência é que esse índice seja muito maior. Embora ainda seja impossível chegar a um cálculo exato, a organização acredita que as estimativas são conservadoras. “Quase todos os micro-organismos desenvolvem resistência a diferentes antibióticos e nós ainda não temos informações suficientes para traçar um panorama global”, explicou à PLANETA Pilar Ramón-Pardo, médica da Organização PanAmericana de Saúde, vinculada à OMS, em Washington, nos EUA.

É difícil mapear a incidência das superbactérias porque a maioria das infecções provocadas por esses organismos acontece em pacientes em tratamento de doenças graves, no interior de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), já fragilizados por outras enfermidades. A maioria dessas bactérias surge dentro dos hospitais, onde se utiliza com maior frequência antibióticos. Grande parte dos centros de saúde não possui recursos suficientes para diagnosticar com precisão os casos.
No Brasil, uma mutação sinistra da Klebsiella pneumoniae, a KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), resistente à classe moderna dos antibióticos carbapenêmicos, tem sido encontrada em diversos hospitais. De acordo com os últimos levantamentos do Ministério da Saúde, a bactéria causou a morte de 59 pessoas em 2010 e de 47 em 2011.
Desvantagem
As bactérias desenvolvem resistência a medicamentos por meio da seleção natural, como descrito na teoria da evolução do naturalista Charles Darwin. Quando um grupo é exposto a um antibiótico, é comum que os organismos mais fortes sobrevivam. Eles podem transmitir suas características genéticas a outros e se multiplicar. Alguns desses micro-organismos sofrem mutações e tornam-se mais resistentes. Dois anos depois do lançamento da penicilina como fármaco, em 1941, o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso, já existiam registros de Staphylococcus aureus imunes ao re- ‘‘ médio. Mas novas drogas foram desenvolvidas para controlar os surtos da bactéria. Graças à descoberta da penicilina, a expectativa de vida do homem do século XX saltou de uma média de 40 para 80 anos em cerca de 100 anos.
Atualmente, o uso indiscriminado e irresponsável de antibióticos tem criado bactérias com mecanismos de resistência e mutações
mais complexas, colocando esse avanço em xeque. Pacientes que não seguem a prescrição, médicos que não recomendam o medicamento adequado e uso desnecessário das drogas na pecuária e na agricultura contribuem para a criação desse cenário. Um agravante é que a indústria farmacêutica não tem acompanhado a evolução desses micro-organismos.

“Desenvolver uma nova droga é extremamente caro. Antes de lançar um remédio no mercado a indústria farmacêutica tem de investir recursos em pesquisa, licenciamento, produção, divulgação, etc. Estima-se que um novo antibiótico demande dez anos e um investimento de US$ 1 bilhão”, diz Ramón-Pardo.
É muito dinheiro, até mesmo para multinacionais poderosas, e o custo-benefício é baixo. Vale mais a pena investir em produtos que não se desatualizam tão rapidamente, como remédios para controlar a pressão, por exemplo. Um estudo de 2009, publicado em um jornal de infectologia, revelou que apenas cinco das grandes farmacêuticas mantinham programas de descobertas antibacterianas até aquele ano.
As bactérias fazem parte de nossa vida. Além de estarmos rodeados por elas, muitas integram o nosso organismo e são importantes para seu funcionamento. É o que acontece no sistema digestivo, por exemplo, onde elas se encontram em forma colonizada e não oferecem risco. Quando há um desequilíbrio entre o nosso sistema imunológico e esses micro-organismos, e o corpo acaba exposto – por uma queimadura, um corte ou uma diarreia –, uma infecção pode se desenvolver.

Com a provável falência dos antibióticos, em dez ou 20 anos infecções que atualmente são facilmente tratáveis poderão evoluir para quadros graves de internação com risco de morte. Além disso, na ausência de drogas específicas, é necessária uma carga maior de antibióticos para matar as bactérias, o que pode causar efeitos colaterais maiores. “Esse é um problema epidemiológico sério que exige atenção. É preciso aumentar a possibilidade de o médico realizar diagnósticos mais precisos, mas muitas vezes falta recurso”, diz Luci Corrêa, coordenadora médica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Albert Einstein.
Surtos no Brasil
Em julho de 2013, um surto de KPC obrigou a equipe do Hospital Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, a interditar a ala adulta da UTI por 30 dias. “De janeiro a outubro tivemos 63 pacientes colonizados com Klebsiella pneumoniae. Destes, 41 foram confi rmados com KPC e 21 desenvolveram infecções. O número aumentou em relação à nossa média histórica”, explica Irene da Rocha Haber, infectologista do Celso Pierro.
Foi preciso adotar procedimentos reforçados de higiene e de treinamento médico, de isolamento de pacientes e de exames rigorosos, para identifi car todos os focos de colonização pela resistente KPC. “Essas bactérias produzem enzimas que quebram um dos grupos de antibióticos mais modernos. O número delas aumentou bastante. São muito resistentes e acometem doentes potencialmente graves, causando infecções sérias”, afi rma o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antônio Cyrillo.
Entretanto, a gravidade dos casos de infecções por superbactérias no Brasil é menos alarmante do que em países como Portugal e Grécia, embora a incidência venha subindo. “Estamos vendo essas bactérias com cada vez mais frequência nas UTIs de nossos hospitais”, diz Cyrillo. “Cinco anos atrás, 2% das amostras de Klebsiella pneumoniae eram KPC. Atualmente esse índice subiu para 20%.”

Apesar do alerta vermelho, algumas medidas podem evitar o pior. Embora já existam registros de pessoas colonizadas por superbactérias na comunidade, a grande maioria dos casos se restringe aos hospitais. Como o contágio se dá pelo contato direto, procedimentos de higienização das mãos e dos instrumentos reduzem consideravelmente as chances de propagação.
O uso consciente de antibióticos por parte dos pacientes e a prescrição precisa pelos médicos bloqueiam o surgimento de organismos resistentes. O maior desafi o na guerra contra as superbactérias é encontrar uma forma de estimular a indústria farmacêutica a investir em novas drogas, bem como erradicar o uso de medicamentos na agropecuária.

Mar Doce

Mar Doce

Mar Doce

  Instalada num kibutz a 70 quilômetros ao norte de Tel Aviv, Maagan Michael é a primeira planta privada de dessalinização de água de Israel. Anualmente, a usina produz 13 milhões de metros cúbicos do líquido por ano para as torneiras da cidade de Haifa, a 30 quilômetros dali. A água é extraída de lençóis salobros do subsolo, não do mar, mas o negócio deve ser bom, porque os israelenses reclamam muito dos preços. Uma família média paga R$ 150 por mês para a companhia estatal Mekorot, gestora das adutoras subterrâneas que distribuem o insumo pelo território de Israel.
A PLANETA visitou a usina Maagan Michael e ouviu queixas como a de Hanna Phillips, moradora de Tel Aviv: “É um horror; quando há seca, o governo vem a público dizer que, se não houver economia, os preços subirão, mas a conta já vive nas alturas”. A água é um drama nacional em Israel, mas o risco de escassez diminuiu. Em 2003, o governo cogitou importar água da Turquia. Em 2013, o déficit foi convertido em excedente e o país virou exportador do insumo. Todo ano Israel envia 50 milhões de metros cúbicos de água à Jordânia e 100 milhões de metros cúbicos para a Faixa de Gaza palestina, como parte de acordos diplomáticos.
“Israel é um deserto e há uma lacuna enorme entre a demanda de água e os nossos recursos. Infelizmente, não temos a habilidade de Moisés de tirar água da pedra”, explica Abraham Tenne, diretor da Divisão de Dessalinização. A virada para a exportação só foi possível graças a uma política de educação para economia e uso eficiente da água. Hoje, 85% da água usada no país é reaproveitada e o índice de perda nos encanamentos é inferior a 10%.
O governo israelense investe maciçamente em dessalinização – US$ 3,5 bilhões por ano, com 39 plantas em funcionamento. Cerca de 40% da água potável é dessalinizada. Em agosto, foi inaugurada a planta de Sorek, a maior do país, que produzirá 200 milhões de metros cúbicos do insumo por ano. Em 2014, a água dessalinizada deverá responder por 80% de todo o abastecimento de Israel. Para suprir a demanda, o governo estabeleceu parcerias com a iniciativa privada, iniciada em 2004 com a planta Maagan Michel.
Muitos consideram a dessalinização a melhor aposta contra a escassez de água no futuro, que vai se agravar com o aumento populacional. O atual elevado custo energético e financeiro do processo tende a ser relativizado com o esgotamento das fontes potáveis e a melhoria das inovações tecnológicas. Os investimentos estão aumentando. Uma pesquisa da empresa norte-americana Pike Research, especializada em análises de mercado de tecnologias limpas, prevê que entre 2010 e 2016 serão aplicados US$ 87,8 bilhões em plantas de dessalinização no mundo todo.


Custo salgado

É claro que o custo para dessalinizar é muito mais elevado do que o da extração direta de fontes de água doce de rios ou lençóis subterrâneos.
Atualmente, o gasto energético médio para se produzir um metro cúbico de água do mar dessalinizada gira em torno de oito quilowatts-hora (kWh). Além disso, soma-se o custo de construção e manutenção das plantas, em geral dependentes de combustíveis fósseis, como óleo diesel. Mas o mais importante de tudo é o contexto.
Quando não existem fontes de água disponíveis, como na Austrália, em ilhas do Caribe ou no Oriente Médio (que produz 75% da água dessalinizada do mundo), o processo não só compensa como é a melhor alternativa. Atualmente, existem 13,8 mil plantas de dessalinização em atividade no mundo.
A técnica usada em Israel, a osmose reversa, é a mais difundida e a mais barata. Numa planta que adota esse método, a água salgada é fortemente pressionada em um recipiente e comprimida para atravessar uma membrana semipermeável, que filtra as moléculas de sal. Grandes volumes de energia são usados para pressionar e comprimir o líquido contra os filtros. Quanto mais salgada a água, mais energia é preciso. As plantas de osmose reversa consomem cerca de um terço da energia usada no funcionamento das esbanjadoras plantas térmicas de dessalinização, cujo funcionamento se baseia na produção de calor para ferver e destilar a água salgada. Essa técnica, a mais antiga do mundo, separa a água do sal, transformando-a em vapor, e depois a condensa novamente.
?Hoje em dia, sistemas de recuperação de energia, que reaproveitam a energia criada pelo próprio processo, conseguem uma economia energética de até 50% e são utilizados em plantas de osmose reversa, como em Maagan Michael. “Boa parte dos esforços do governo consiste em tornar o processo cada vez mais econômico”, diz Abraham Tenne. Trata-se de melhorar os sistemas de economia, recuperar a energia gasta e aprimorar a qualidade das membranas dos filtros.
“Nos últimos cinco anos conseguimos reduzir o consumo de energia, de 4 kWh para 3,5 kWh por metro cúbico de água dessalinizada”, ressalta o especialista em dessalinização.


Vanguarda americana

Em Israel, causou sensação o anúncio feito pela Lockheed Martin, empresa aeroespacial dos EUA especializada na fabricação de caças e mísseis para o Exército, da descoberta de uma nova tecnologia capaz de reduzir drasticamente o gasto da energia usada para remover o sal da água salgada.
A inovação americana usa filtros feitos de membranas ultrafinas de grafeno, com poros do tamanho de um nanômetro (um bilionésimo de metro), largos o suficiente para deixar a água passar, mas pequenos o bastante para bloquear as moléculas de sal (cloreto de sódio). Como o grafeno é realmente fino (um átomo de espessura), os filtros demandam menos energia para comprimir a água do mar contra os filtros da osmose reversa com a força necessária para separar o sal da água.
De acordo com o engenheiro John Stetson, líder da pesquisa na Lockheed, “a tecnologia permite reduzir em 100 vezes as quantidades de energia e de pressão necessárias para a dessalinização”. As membranas de grafeno, 500 vezes mais finas e mil vezes mais resistentes do que as tradicionais, são capazes de reter todas as moléculas que não sejam de água. Segundo Stetson, a tecnologia pode “estabelecer um método de dessalinização por osmose reversa barato para os países emergentes, sem gastos exorbitantes com energia”.
Quanto mais grossa for a membrana, maior deve ser a pressão necessária para fazer a água salgada passar por ela e ser filtrada. Consequentemente, aumenta o gasto com energia. Uma membrana com poros nanométricos permite que a água flua melhor, por ser bem mais fina que as convencionais, feitas de polímeros.
Engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, também estão pesquisando na mesma direção. “Ainda existe muito espaço para inovação em sistemas de filtragem e dessalinização aproveitando novos materiais e as descobertas dos últimos 20 anos em nanotecnologia”, disse à PLANETA Shreya Dave, pesquisadora do departamento de ciência de materiais e engenharia mecânica do MIT. “Vislumbramos uma nova classe de membranas ultrapermeáveis que vão possibilitar uma mudança de paradigmas na operação de plantas de dessalinização”, ressalta.


Solução para o sertão

Assim como no Oriente Médio, o semiárido brasileiro, que ocupa 11% do território nacional, carece de recursos hídricos. Além da falta de chuvas e da ameaça da seca, muitas das poucas fontes de água potável disponíveis estão contaminadas. Há, no entanto, reservas subterrâneas de água salobra. Por uma característica de formação do terreno, 90% dos poços perfurados na região são de água salgada.
Desde os anos 1980, o engenheiro químico Kepler Borges França trabalha com processos de purificação da água e de dessalinização. Hoje, no comando do Laboratório de Referência em Dessalinização da Universidade Federal de Campina Grande (PB), França é parte fundamental do projeto Água Doce, criado em 2004, pelo governo federal, para acabar com a sede nos dez Estados do semiárido brasileiro.
O programa visa abastecer com água dessalinizada cerca de 100 mil pessoas de 150 comunidades. O plano é investir R$ 168 milhões para implantar, até 2014, 1,2 mil sistemas de dessalinização destinados a atender aproximadamente 480 mil pessoas.
“Existem projetos de pequeno e médio porte espalhados nos Estados do Nordeste. A ideia é beneficiar comunidades difusas ou isoladas que possuem baixo potencial hídrico de água potável, mas dispõem de potencial alto de água salobra no subsolo”, explica França.
O maior sistema de dessalinização em curso no Brasil é o de Fernando de Noronha. Uma miniplanta para tratamento da água do mar, orçada em R$ 2,5 milhões, abastece de água doce todo o arquipélago. Movida por um gerador elétrico a óleo diesel, a miniusina aumentou a produção de água na ilha, de 5,6 litros por segundo para 15 litros por segundo.
Segundo França, se o investimento governamental no setor fosse maior, ajudaria a resolver a falta de água doce em outras regiões do país. Em seu laboratório, em Campina Grande, o pesquisador desenvolve membranas específicas de acordo com as características de salinidade de cada fonte.
“Não é um investimento caro, principalmente se considerarmos as regiões que são carentes de água. O processo de dessalinização está ficando mais barato e ganharia muito se investíssemos em tecnologia própria, sem precisar comprar membranas no exterior”, defende França.
A adoção de água dessalinizada pode ser uma alternativa para abastecimento no Nordeste. Para o mundo, trata-se de uma tendência previsível. Se 98% da água está no mar, a pequena porcentagem de água doce fora dele não poderá dar conta da demanda futura de um planeta com 10 bilhões de habitantes. A dessalinização é um caminho sem volta.

Por Camilo Gomide, de Israel

50% dos universitários são analfabetos funcionais

Pesquisador conclui que mais de 50% dos universitários são analfabetos funcionais

É O DECOREBA EM VEZ DE APREEENDER
DIFICULDADE DE LER E ENTENDER OS CONTEÚDOS
FALTA DE LEITURAS
EDUCAÇÃO BÁSICA - ENSINO FUNDAMENTAL FRAGILIZADOS
FALTA APREENDER APREENDER
SUPERFICIALIDADE
SEM HABITO DE ESTUDAR

METEORITO ENCANTA CIENTISTAS

Rússia

Asteroide que explodiu sobre cidade no ano passado tinha 30 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima

comente agora

AFP



Chuva de meteoritos atingiu a cidade de Cheliabinsk em fevereiro de 2013 (Foto: Oleg Kargopolov/AFP)
Há um ano, os moradores da cidade russa de Cheliabinsk olharam assombrados para cima e muitos pensavam que tinha começado uma guerra nuclear. Mas o que aconteceu foi que um asteroide rasgou os céus, provocando uma chuva de meteoritos que hoje encanta os cientistas.
Capturada por muitas câmeras de vídeo, a explosão do asteroide deixou em pedaços as vidraças de muitas janelas e a luz ultravioleta gerada foi tão intensa que mais de vinte pessoas sofreram queimaduras na pele.

Não passou de um grande susto que ficou na memória popular dos russos, mas para os cientistas, o meteorito de Cheliabinsk foi um presente dos céus. Os astrônomos dizem que o fenômeno trouxe conhecimentos sem precedentes sobre a formação e as órbitas dos asteroides ou dos riscos de que uma rocha possa cair na Terra.

Apenas uns poucos asteroides cruzam a trajetória da Terra. Muitos menos sobrevivem ao choque e à fricção com a atmosfera. Os que o fazem, provavelmente caem no mar, que cobre mais de dois terços do planeta ou em uma zona remota, como um deserto, a tundra ou a Antártica.
Mas o fato de um meteorito explodir sobre uma cidade - onde telefones celulares e câmeras de vigilância registaram o evento - e em um país dotado de uma rica tradição científica foi uma oportunidade para os pesquisadores.

O acontecimento "nos deixou uma quantidade colossal de informação", disse Viktor Grokhovsky, da Academia Russa de Ciências.

Câmeras de vigilância ajudam a ciência
"Graças, em particular, às gravações de vídeo, Cheliabinsk é um dos 18 meteoritos com os quais foi possível fazer um cálculo retroativo de sua trajetória, para detectar de qual parte do cinturão de asteroides proveio", indicou Grokhovsky ao jornal Rossiiskaya Gazeta.

Sua idade foi estimada em 4,5 bilhões de anos, a mesma do Sistema Solar.

Após escutar estes preciosos testemunhos, os cientistas estimam que o asteroide pode ter medido até 20 metros e pesado 13 mil toneladas.

Ao entrar na atmosfera, o asteroide se tornou um objeto dotado de energia equivalente a um milhão de toneladas de TNT, isto é, 30 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima.

"O asteroide se desintegrou em pedaços pequenos a 45 ou 30 quilômetros de altitude, evitando causar maiores danos na superfície terrestre", informou, em novembro passado, um grupo de cientistas tchecos.

A trajetória, acrescentam, sugere que o meteorito foi alguma vez parte de um asteroide de dois quilômetros de diâmetro chamado 86039, inicialmente avistado em 1999 e que voltava a passar regularmente perto da Terra.

Os caçadores de meteoritos se lançaram na busca de fragmentos, inclusive um precioso e volumoso pedaço de meia tonelada, recuperada no fundo de um lago congelado perto de Cheliabinsk.

Capaz de varrer civilizações inteiras

A última vez que um grande meteorito colidiu com a Terra foi em 30 de junho de 1908, quando um objeto com mais de 70 metros caiu em Tunguska, na Sibéria, arrasando 80 milhões de árvores ao redor em uma superfície de 2 mil metros quadrados.

Os asteroides de Tunguska e Cheliabinski pertencem à categoria mediana de asteroides com risco de impacto, segundo os astrofísicos. Eles podem infligir danos localmente e os de categoria superior, um dano em escala regional.

Mas estão longe de pertencer à classe de asteroides monstruosos de mais de um quilômetro capazes de varrer civilizações inteiras e causar extinções maciças.

Isto aconteceu há 65 milhões de anos, quando o longo reinado dos dinossauros terminou devido à mudança climática provocada pelo impacto de um meteoro na península de Yucatán, no território mexicano atual.

O inquietante é que os danos potenciais de objetos do tamanho do meteorito de Tunguska devem ser revistos à luz do que aconteceu em Cheliabinsk.

"Ao invés de impactar a Terra em intervalos de 4.500 anos, como se pensava até agora, alguns objetos do tamanho de Tunguska podem, na verdade, cair em intervalos de centenas de anos", advertiu Bailey. "Ou seja, com frequência muito maior".

ADUTORA DE ITAPIPOCA


  O conserto da adutora que deve água do Açude Gameleira para a cidade de Itapipoca, na Zona Norte do Ceará, foi concluído na manhã desta sexta-feira (27), segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Ainda de acordo com a Cagece, "se tudo transcorrer de forma adequada", a água deve chegar à cidade ainda nesta sexta-feira, para ser iniciado o tratamento. A cidade de Itapipoca ficou por mais de um mês sem abastecimento de água por conta de rompimentos na adutora. O governador Cid Gomes participou pessoalmente das ações de reparos e protagonizou cenas inusitadas.
Uma equipe de engenheiros da perícia forense está na cidade de Itapipoca, a 130 km de Fortaleza, desde quinta-feira (26), para periciar a obra da adutora que apresentou vários rompimentos deixando a cidade sem abastecimento de água por 22 dias. A investigação da Polícia Civil foi iniciada após solicitação do governador Cid Gomes que está no município participando dos reparos da obra que estava supostamente pronta para ser inaugurada.
A obra, orçada em R$ 18 milhões e que seria entregue nos próximos dias, tem 32 quilômetros de extensão. Ela leva águas do açude Gameleira para Itapipoca e está em construção desde 2011 mesmo ano em que deveria ter sido terminada, mas a conclusão foi adiada após a empresa responsável, a PWE Engenharia, ir à falência. Logo depois a obra foi assumida pela Primor Construções Ltda, que deveria entregar a adutora neste mês de dezembro.
A adutora, no entanto, teve parte da tubulação rompida com a pressão da água, o que impediu a transposição da água até Itapipoca, segundo a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). O governador Cid Gomes se deslocou até o município na segunda-feira (23), onde classificou a obra de “criminosa” e permanece acompanhando os reparos. Um inquérito foi aberto a pedido do governador.
Segundo o Delegado Geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, será investigação seguirá em duas frentes. “Vamos verificar se há uma possível conduta criminosa das pessoas responsáveis pela obra, como também será investigada a conduta das responsáveis por receber a obra. Temos de ver os dois lados”, explicou. Andrade Júnior afirmou também que o processo necessita de provas técnicas, por este motivo foram designados engenheiros da perícia forense.
“A obra estava em tese pronta para inauguração”, destacou Andrade Júnior que designou o titular da  Delegacia de Crimes contra a Administração Pública, Everardo Lima, para acompanhar o inquérito. Se for constatado crime doloso (não acidental), os responsáveis podem pegar até 12 anos de prisão, afirmou Andrade Júnior.
Cogerh
A Cogerh também abriu um inquérito administrativo para apurar as causas da falha na adutora. Na quinta-feira (26), moradores da cidade filmaram o momento em que o governador Cid Gomes, que é formado em engenharia, tenta fazer reparos em uma parte da adutora pessoalmente. Sem o açude local, os moradores afirmam não saber mais o que fazer para conseguir água.

CAPTAÇÃO DE ÁGUAS